Em 2012 a banda norte-americana The Smashing Pumpkins comemora 25 anos do fatídico dia em 1987, quando James Iha conheceu Billy Corgan numa loja de discos em Chicago e deram início à uma banda criadora de músicas inesquecíveis que marcaram uma geração e até hoje fazem sucesso.
Por uma dessas coincidências da vida, o ano de formação da banda é o mesmo em que eu nasci. Ainda na minha infância por meio das extintas rádios de rock conheci os Pumpkins e cresci com as letras de Billy Corgan na cabeça, com o passar dos anos o meu interesse jamais diminuiu.
Este especial de 25 anos é uma série com cinco posts em homenagem ao grupo, relembrando a trajetória da banda com vídeos, textos e fotos de como ela influenciou e continua influenciando gerações.
O início
Em 1987 Billy Corgan, aos 19 anos, volta para Chicago após o término de sua primeira banda chamada The Marked, nome que fazia referência à uma marca de nascença que ele carrega no braço. Ainda com planos de montar uma nova banda ele começa a trabalhar numa loja de discos, onde, reza a lenda, conheceu James Iha e percebeu que ambos tinham várias coisas em comum.
James tocava guitarra em uma banda chamada Snake Train e recebeu um convite para começar uma banda com Billy, cujo o nome ele já tinha pensado: Smashing Pumpkins, esse nome, segundo os antigos integrantes, surgiu de uma piada que Billy adorava contar. Inicialmente James era o guitarrista, Billy o baixista e eles usavam uma bateria eletrônica para compor.
Numa casa noturna em Chicago no ano de 1988, Billy conheceu D’arcy Wretzky, quando ela discordou dele numa conversa sobre bandas, os dois acabaram iniciando uma pequena discussão, no meio da briga ela disse que tocava baixo e Billy se interessou, ele deu seu telefone dizendo para ela ligar caso estivesse interessada em fazer um teste. D’arcy ligou e apareceu para o teste, mas ficou muito nervosa na hora e não conseguiu acertar nada, no entanto Billy gostou do jeito da moça e convidou-a para integrar o grupo. Nesse época D’arcy começou um namoro com James Iha e até hoje ela diz odiar o nome que Billy escolheu para a banda.
Agora só faltava um baterista e Jimmy Chamberlin foi o último a se integrar ao grupo, após um amigo de Corgan indicá-lo. As referências musicais de Jimmy eram todas do Jazz e ele não estava por dentro do cenário de rock alternativo da época, contudo sua inclusão na banda foi decisiva para definir o som que os Pumpkins desenvolveriam durante os próximos anos, permitindo-os sair de influências de um rock mais triste, como o do The Cure, e investir em um som mais pesado.
A era Gish
Em 1990, depois de lançarem alguns singles como “I Am One” e “Tristessa“, eles assinaram com uma gravadora e em maio de 1991 lançaram o seu primeiro álbum de estúdio nomeado Gish.
O nome do álbum faz referência ao sobrenome de uma atriz do cinema mudo, Lillian Gish, de quem a mãe de Billy gostava. D’arcy fez as artes da capa, contracapa e encarte do álbum e James comprou a sua primeira Gibson Les Paul com esse trabalho.
Nesse período eles conseguiram um pequeno reconhecimento na cena alternativa e foram erroneamente taxados de “Grunges” por terem surgido na mesma época que bandas como Nirvana e Pearl Jam e terem um visual semelhante, frequentemente sendo vistos nos mesmos lugares, houve até uma pequena rixa entre Billy Corgan e Kurt Cobain por causa de Courtney Love.
Na turnê de divulgação de Gish, que não teve muito sucesso se comparado com os álbuns que estouram na época como Nevermind, o caldo da banda desandou: Jimmy acabou se viciando em drogas pesadas, D’arcy e James terminaram o namoro e Billy entrou em depressão, iniciando o processo de composição das músicas do segundo álbum da banda que traria o reconhecimento tão desejado, mas também abalaria ainda mais a frágil estrutura da banda.
Faixas do álbum Gish:
1 – I Am One – 4:07
2 – Siva – 4:20
3 – Rhinoceros – 6:32
4 – Bury Me – 4:48
5 – Crush – 3:35
6 – Suffer – 5:11
7 – Snail – 5:11
8 – Tristessa – 3:33
9 – Window Paine – 5:51
10 – Daydream – 3:08
I’m Going Crazy (faixa oculta) – 0:30
Vídeos promocionais da era Gish: