Arlo Parks compartilhou um cover da música Creep, clássico da banda Radiohead, o vídeo da canção foi dirigido por Tom Dream como parte de seu próximo curta-metragem, Shy Radicals.
Para Parks o cover da Creep “Deve fazer com que as pessoas que estão lutando se sintam menos isoladas e iniciem uma conversa sobre a prevalência de problemas de saúde mental no mundo de hoje”. A canção inserida no contexto do curta Shy Radicals, que é um retrato de Hamja Ahsan e a história por trás de seu notável livro e manifesto satírico, sobre pessoas tímidas, quietas e introvertidas, faz todo o sentido.
Leia também:
Madame So lança novo single “Generation Y”
Fantastic Negrito confronta violência policial no vídeo de “How Long?”
King Krule: o ruivo de voz poderosa
Arlo Parks descreve como a música do Radiohead a ajudou em momentos de turbulência e como a banda de Thom Yorke influenciou o seu trabalho: “Creep é uma exploração simultaneamente delicada e brutal da turbulência interna e das relações humanas. Essa música serviu de refúgio para mim, durante tempos de auto-reflexão e mau humor, por muitos anos e o Radiohead como uma banda influenciou profundamente minha música”.
Arlo Parks é uma das artistas mais promissoras de sua geração, dona de canções cheias de poesia como Cola, Black Dog e Eugene, a jovem de apenas 19 anos já tem um trabalho sólido na música. Crescendo como uma garota negra quieta, sensível e deslocada, que ouvia música emo e que se descobriu bissexual, ela encontrou na música a sua forma de expressão, produzindo o seu primeiro álbum aos 17anos.
Ela cresceu no meio nigeriano no sudoeste de Londres e aprendeu a falar frânces antes do inglês, leitora ávida de poetas como Ginsberg e mais tarde Nayyirah Waheed, Hanif Abdurraqib e Iain S. Thomas, ela também foi influenciada por Chet Baker, Jim Morrison, Fela Kuti, Water e Otis Redding. Além de escritores como Haruki Marukami e Sylvia Plath, mas a sua grande influência atual é o também jovem músico King Krule. Parks é uma artista que consegue mesclar a absorver as energias e ideias de diversas fontes transformando a sua poesia em algo único e sensível.
*Foto: Liv Toerkell